Este trabalho pretende analisar os contos “Umas formas” e “Estória n. 03” integrantes de Tutaméia: terceiras estórias (1979) de João Guimarães Rosa, dando destaque à aliança que se estabelece entre o real e o impossível na engenharia do texto e no arcabouço da linguagem literária. Para tal direcionamento, o viés teórico convocado é a noção contemporânea de fantástico, em particular a concepção endossada por Cortázar (2008), Calvino (2004) e Roas (2011, 2014), dentre outros estudiosos do gênero que destacam a dimensão transgressora da realidade para além do textual, sobretudo a noção de que o fantástico se instala no entrelaçamento do natural e do sobrenatural, do estranho e do familiar, do possível e do impossível.
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