Lugar emblemático no imaginário brasileiro, o sertão é um tema recorrente em diversos estudos culturais e geográficos do país. Considerando a conotação existencial que lhe confere o escritor João Guimarães Rosa e baseado em uma etnografia realizada na região mineira em que o mesmo ambienta boa parte do romance Grande Sertão: Veredas, na extensão compreendida entre os Rios Urucuia e Paracatu, o presente trabalho visa à construção de uma narrativa reflexiva sobre experiências de espaço e imagens constitutivas da memória e do imaginário de habitantes do sertão mineiro. Apoiando-nos, pois, em uma pesquisa de campo que consistiu no deslocamento entre diferentes localidades rurais e urbanas e na realização de entrevistas com sujeitos conhecidos ao longo do caminho, este trabalho se compõe de imagens, narrativas, histórias de vida, impressões de viagem e reflexões a partir das quais procuramos repensar - no diálogo com a literatura roseana - o imaginário e a idealização dos lugares e das pessoas ditos sertanejos.
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