O presente artigo analisa algumas das narrativas intercaladas e independentes presentes na obra Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, buscando refletir sobre suas matrizes orais sertanejas com fundo épico e mítico em uma tentativa de (re)interpretação da definição apresentada pelo autor sobre os termos História e Estória, proposta no prefácio de sua obra Tutaméia, tendo como referencial teórico os estudos de Walnice Nogueira Galvão, Alexandre Veloso de Abreu e Arrigucci Jr., dentre outros. É evidenciado que as narrativas curtas ou estórias, além de reduplicarem alguns dos temas centrais de Grande Sertão: Veredas, demonstram a preocupação de Guimarães Rosa em representar a oralidade e a identidade do povo sertanejo com suas aventuras, dramas e tragédias, permitindo, assim, acreditar que o autor recriou, a partir do vivido e ouvido, muitas destas “estórias”, tornando mais tênue as fronteiras entre real e ficção, e, por conseguinte, entre oralidade e escrita.
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