This article studies the translation of Brazilian literature in the United States between 1930 and the end of the 1960s. It analyzes political, historical and economic factors that influenced the publishing market for translations in the U.S., focusing on the editorial project of Alfred A. Knopf, the most influential publisher for Latin American literature in the U.S. during this period, and Harriet de Onís, who translated approximately 40 works from Spanish and Portuguese into English. In addition to translating authors such as João Guimarães Rosa and Jorge Amado, de Onís worked as a reader for Knopf, recommending texts for translation. The translator’s choices reflected the demands of the market and contributed to forming the canon of Brazilian literature translated in the United States.
O objetivo deste trabalho, num primeiro momento, foi extrair das 65 cartas que João Guimarães Rosa remeteu à sua tradutora para o inglês, Harriet de Onís, durante a tradução de Sagarana, as linhas gerais que configuram sua poética. Um breve panorama da gênese e da recepção deste livro, seguidos pelos comentários às mencionadas cartas, abriu nossa pesquisa. Depois disso realizamos uma análise do conto Conversa de bois, oitava narrativa de Sagarana, enriquecida pelas declarações do escritor na referida correspondência em torno do seu processo de criação. Para complementar a análise e esclarecer certas questões relativas à técnica compositiva do autor não tratadas especificamente em sua poética, recorremos a alguns conceitos-chave de pensadores de diferentes tradições que, embora desenvolvidos em épocas distintas, encontram seu lugar nesse estudo do universo heteróclito criado por JGR. Uma atenção especial foi dada ao Formalismo Russo (Roman Jakobson (1896-1982), Viktor Chklóvski (1896- 1984), Iuri Tyniánov (1894-1943) e Ossip Brik (1888-1945)) cujos preceitos muitos deles em consonância com a poética rosiana foram uma referência válida para a metodologia de nossa análise.