A atividade física mantém uma boa mecânica respiratória,
uma boa mobilidade torácica, conserva as áreas pulmonares
todas ventiladas. Se você é um sedentário, o que
você usa de sua área pulmonar? O suficiente para ficar vivo.
O cara que rema, corre, usa todas. O que acontece com área pulmonar
não ventilada? É foco de infecção.” Luzimar
Teixeira
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Considerada por muitos como uma moléstia
exclusiva do século 19 e início
do 20, a tuberculose é outra doença
respiratória que ainda acomete muitas
pessoas. Felizmente, ela também
tem tratamento e não mata tanto
quanto antigamente. O indivíduo
atingido pelo bacilo causador da doença
apresenta febre, tosse seca, emagrecimento
e, em estágios avançados,
falta de ar e catarro com sangue.
Ainda mais comuns são as doenças
respiratórias inflamatórias,
como rinite, bronquite e asma. Rinite é a
inflamação da mucosa nasal
e pode ser alérgica, viral ou bacteriana.
Seus principais sintomas são surtos
de espirros, obstrução e
coceira nasal, espirros, coriza (nariz
escorrendo) e perda do olfato. Já a
bronquite pode ser aguda ou crônica.
A primeira caracteriza-se pela inflamação
dos brônquios (canais que conduzem
o ar para dentro dos pulmões) e
geralmente é causada por vírus,
embora, em alguns casos, possa ser por
bactéria. Devido à infecção,
os brônquios ficam inchados e produzem
muco (catarro) espesso, o que torna a respiração
difícil.
A bronquite crônica, por sua vez,
ocorre pelo efeito nocivo do fumo nos pulmões
por vários anos, o que determina
a inflamação da mucosa dos
brônquios. Ela pode preceder ou acompanhar
o enfisema, que é a destruição
de tecidos dos alvéolos. Essas duas
doenças são hoje classificadas
com um conceito mais amplo, que as engloba,
denominado Doença Pulmonar Obstrutiva
Crônica (DPOC). Rafael Stelmach alerta
que “quem fuma há mais de 20 anos,
um maço de cigarro por dia, e tem
predisposição a ter a doença,
sofre uma destruição pulmonar
irreversível”, e acrescenta que “o
tratamento está vinculado ao diagnóstico
precoce e à luta antitabágica”.
A asma é uma doença inflamatória
crônica das vias aéreas, provocada
por reações alérgicas
a vários estímulos e tem
forte influência genética.
Em 2006, foi causa de quase 30 mil internações
no Estado de São Paulo, segundo
dados do SUS. A doença manifesta-se
ciclicamente através de falta de
ar, chiado no peito e tosse, geralmente
seca. As crises podem ser desencadeadas
por contato com poeira, mofo e pêlos
animais, mudanças climáticas,
ar seco, fumaça de cigarro e, até mesmo,
emoções fortes.
Segundo Luzimar Teixeira, professor da
Escola de Educação Física
e Esporte da USP e especialista em educação
física adaptada para asmáticos, “a
poluição mais preocupante
hoje é a poluição
caseira: queima do gás, poeira com ácaros,
baratas, inseticidas, produtos de limpeza
com cheiros fortes, amaciante de roupa,
corantes, conservantes presentes nos alimentos,
tudo isso pode provocar reação
alérgica”.
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