COLUNA DO MEIO

Diniz, Ganso e o futebol-arte

Fernando Diniz procura se distinguir dos demais treinadores por apresentar equipes com um jogo baseado no toque de bola até levar o adversário ao desespero. Tática cansativa e de pouca objetividade. Na verdade, é muito do mesmo requentado nas águas frias do Rio de Janeiro.

Assisti alguns jogos do Fluminense e só não desliguei a TV porque Paulo Henrique Ganso estava em campo. Como um bom amante do espetáculo, a gente fica esperando um lance magistral do último remanescente do futebol-arte.

Ou seja, o único diferencial da equipe carioca e do atual momento de glória da carreira do treinador é apostar nesse meio-campista.

A expectativa dos torcedores era ver o nome do Camisa 10 na última lista dos convocados para a seleção masculina, mas nada de novo aconteceu.

Os europeus colonizaram o nosso futebol e, com isso, somos obrigados a acompanhar um equipe nacional patética, com Neymar & Cia em campo.

O povo não está nem aí para a seleção, seja com Diniz, Ancelotti ou outro comandante. Não há mais liga e a equipe pouco se apresenta em nossas terras. A maioria dos jogos acontece lá fora, como dizem, para inglês ver. Até a Grande Mídia começa a ficar distante desse mundinho.

Nossa graça é a subjetividade e PH Ganso significa o sonho de um Brasil com dias melhores.

Parece utopia, mas quem não se arrepia com um drible, um passe ou um gol de quem sabe jogar futebol.

Nossa esperança é a entrada em campo de um veterano atleta, chamado de gênio, que possa anotar, inclusive, um lindo gol de falta e, assim, traga o título mundial com a camisa da seleção argentina.