De Piraju ao IPT: as realizações de Alessandro Rizzato

Por Leonardo Corey Belleza

Filho de Joaquim Rizzato e Ivone Pansanato, Alessandro ficou em Piraju até completar 19 anos e se mudou para Araraquara para fazer faculdade de química na Universidade Estadual Júlio Mesquita Filho (UNESP). Após terminar a graduação, fez o mestrado e o doutorado sanduíche, morando por um período na França. Em seu pós-doutorado, apareceu uma oportunidade de emprego em um centro de pesquisa de uma indústria química que era uma multinacional francesa: “O fato de eu ter um diploma francês e falar a língua me ajudou muito, inclusive a abrir as portas para minha trajetória profissional”. 

Já de volta ao Brasil, mudou-se de Araraquara para Paulínia, trabalhando por 15 anos na Rhodia Solvay Group em várias posições da empresa. A partir de 2012, atuou em interface com as universidades, realizando e idealizando projetos, além de captar recursos em editais governamentais, em projetos e parcerias em inovação aberta, uma área relativamente nova.

Nessa questão, ocupava uma posição global e, então, tinha de viajar a trabalho para França, Bélgica e outros países da Europa. Permaneceu na Rhodia até o início de 2020. No mesmo dia em que deixou a organização, recebeu uma oportunidade para trabalhar na área de tecnologia da informação no Instituto de Ciências e Tecnologia, em Campinas. 

Depois de algum tempo, foi convidado a participar de um novo projeto no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) na posição de diretor executivo de inovação aberta, em São Paulo. Desse modo, tem realizado esse trabalho há um ano, trazendo atividades de inovação para dentro do IPT por empresas privadas. “O IPT é um dos institutos mais antigos no Brasil relacionados a ciências e tecnologia. Vem há mais de um século realizando esse trabalho, mas não de uma forma com tanta radicalização da inovação aberta como agora nessa diretoria, composta por quatro diretores”, destaca

A vida em Piraju

Alessandro lembra que Piraju é a origem. Saiu do município no início dos anos 1990, mas ainda mantém laços afetivos. Ainda nada em águas abertas e realiza provas graças ao rio Paranapanema, uma vez que aprendeu a nadar no local e considera uma casa para ele e muitos outros pirajuenses. 

Diante da educação, Alessandro recorda com carinho de sua primeira professora, Dona Márcia Mazziotti José, como carinhosamente se referiu, e sua trajetória estudantil. Estudou a maior parte do tempo na Escola Estadual Coronel Nhonhô Braga, lembrando das excursões que faziam nas aulas de educação física com o professor Dilofredo Chagas, recém-falecido. Relembra de quando escalavam uma cachoeira próximo à escola, “Era fantástico, todo mundo amava e se divertia nas excursões com o professor e, sem dúvida, é uma coisa que faz falta e não está muito presente nos dias atuais para os jovens”. 

O Iate Clube de Piraju também está presente nas lembranças por sempre ter passado momentos no rio junto a familiares e amigos. Para ele, a cidade tem um grande potencial que ainda precisa ser aproveitado. Em sua memória, o carinho pela cidade e o orgulho de sua origem. 

O irmão do Fábio, da Ana Paula e do Bruno agora vive feliz em Paulínia (SP) com a esposa Carla, orgulhoso da filha Júlia, a quem ensina os segredos do Rio Paranapanema. 

Por fim, seu padrinho, José Geraldo Pansanato, conhecido afetuosamente como Zezão, deixa uma mensagem ao afilhado. 

Conheça mais sobre o IPT: https://www.ipt.br

Leonardo Corey Belleza é bolsista e repórter do Registro Digital da Memória e do Turismo na Estância Turística de Piraju – desenvolvimento das habilidades comunicacionais no Ensino Fundamental I e II do Programa USP MUNICÍPIOS

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