Sobre a história de Piraju – São Sebastião do Tijuco Preto e as malas do Correio
O funcionário da Biblioteca Municipal da Estância Turística de Piraju, João Ramos, encontrou diversos materiais e informações históricas sobre a cidade.
Em 1866 uma pequena nota no jornal “O Correio Paulistano” diz: “ao inspetor da tesouraria – Em aditamento ao meu ofício nº 310 de 9 do corrente, comunico a V. S. que o salário do Estafeta encarregado de conduzir a correspondência para o Aldeamento do Tijuco Preto deverá ser pago mensalmente.
O documento acima intitulado Carta Postal da Província de São Paulo, nos mostra uma grande articulação organizada para a entrega dos diversos documentos que circulavam na época, inclusive a nossa São Sebastião do Tijuco Preto. Entre eles; cartas, correspondências oficiais, jornais, já impressos nas capitais e cidades maiores que já circulavam pela Província. A entrega era realizada seguindo essa carta postal. Para o carteiro ou estafeta, que realizavam esse itinerário que em pequena parte já havia algumas linhas de trem, mas o restante se diz estradas que não passavam de picadões, ou seja, derrubada de matas virgens com ferramentas rústicas como; foice, machado, serras manuais. Esses Estafetas tinham um pequeno salário pago pela província para cumprir sua meta, e isso era feito em lombo de animais, trole, a pé, ou carro de boi.
Aliás, uma reclamação de São Sebastião do Tijuco Preto, justamente sobre o correio vem estampada na primeira página do Jornal “O Globo” em 1875 dizendo: “- Enviaram dessa localidade a seguinte reclamação ao município: “Lê-se nos jornais da capital que para aqui (Freguesia de São S. do Tijuco Preto) também se fecha uma mala do correio, e no entanto ainda não temos uma agência. A correspondência desta freguesia nos chega por intermédio de particulares. Pede-se ao Sr. Administrador geral dos correios, que assim como se faz constar que se fecha mala para aqui, nos dê um Estafeta e um agente de correio ; e nisso só fará justiça”.