ISSN 2359-5191

11/08/2016 - Ano: 49 - Edição Nº: 101 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Física
Novas células foto-voltaicas prometem aumento da taxa de conversão de energia solar
Descoberta dessas células podem revolucionar mercado de energias renováveis
Fonte: riograndedonorte.net

A novidade em termos de energia renovável solar é o novo tipo de células fotovoltaicas, chamadas Hybrid Perovskites, que possuem uma taxa de conversão de cerca de 20%, um número inédito para a área. O pesquisador Leonardo Abdalla e sua equipe são um dos grupos que se dedicam a estudar este tipo de material, a fim de encontrar seus defeitos, possíveis correções e modificá-las para o mercado.

Há incentivos e interesses de muitas partes nessas novas células, principalmente por causa do grande aumento da eficiência da taxa de conversão de energia solar para elétrica, e por ser uma forma de energia renovável. A estrutura perovskite é composta por um átomo, um metal e um halogênio, e as primeiras células solares eram constituídas de césio, chumbo e iodo-3. Sua taxa de conversão já era considerada alta, cerca de 7%. Porém, cientistas descobriram que ao trocar o césio, que possui carga +1, por outra molécula de mesma carga, como o metil-amônio, a taxa de conversão aumentava para 20%.

“O problema de hoje é que as taxas de conversões de painéis solares têm uma eficiência muito pequena. Apesar de ser ecologicamente viável, acaba sendo caro e não converte o suficiente. O sonho da humanidade é usar eletricidade a vontade e com as células fotovoltaicas, de eficiência 20%, com certeza, seria uma realidade”, explica o pesquisador. Porém, as hybrid perovskites conhecidas possuem alguns defeitos que não permitem sua comercialização. Segundo Abdalla, para as células chegarem à sociedade, elas necessitam preencher três requisitos: preço baixo, não toxicidade e estabilidade da molécula.

Se levada em consideração a alta taxa de conversão desse material, seu preço é baixo, segundo o pesquisador. Os maiores problemas são a toxicidade do chumbo, que é presente na composição e a instabilidade do material. Abdalla e sua equipe formularam um protocolo para achar substitutos dentro de um banco de dados de compostos já estudados anteriormente. Agora, eles estão focados na parte prática do desenvolvimento. Os desafios para os cientistas da área são achar compostos dessas naturezas, um metal, um halogênio e uma molécula de carga +1 que, quando combinados, consigam preencher os requisitos: manter a taxa de conversão em 20%, não ser tóxico, ser barato, útil e estável.

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