texto: Daniel Fassa
Fotos: arquivo pessoal, FMUSP e Francisco Emolo

 

arte com imagens do arquivo pessoal de angelita e foto de Francisco Emolo

 

 

 

 

 

 

 

©: arquivo pessoal
Ricardo Bretani nasceu na Itália e veio para o Brasil com apenas um ano de idade.

 

 

 


Mais que ter qualidade e ser internacionalmente competitiva, qualquer pesquisa tem que servir como um instrumento para formar pessoas. Essa é a opinião do cientista Ricardo Renzo Brentani, que a ela fez jus no decorrer de toda a sua carreira. Do ingresso na Faculdade de Medicina (FM) da USP à presidência do Conselho Técnico-Administrativo da Fapesp, passando pela direção do Hospital do Câncer e do Instituto Ludwig, o professor fez grandes descobertas e influenciou a formação de muitos jovens cientistas hoje renomados.

Brentani nasceu aos 21 de julho de 1937, em Trieste, na Itália. Filho de Segismundo e Gerda Brentani, veio para o Brasil com apenas um ano de idade. Em São Paulo, deu início a uma vida de estudos que seria longa. Fez o primário na Escola Britânica e o ginásio e o científico (antigo ensino médio) no Instituto Mackenzie. Embora o pai fosse um empresário e a mãe uma artista-plástica de certo renome, resolveu enveredar para a ciência. “Eu sou a ovelha negra da família. Sempre quis ser médico, desde garoto”, relembra.

O ingresso no curso de Medicina da USP aconteceu em 1957, quando já pôde ter o seu primeiro contato com a pesquisa. “Não tinha muita coisa para calouro fazer na faculdade, então eu fui xeretar como era o laboratório e me apaixonei.” Naquele mesmo ano, Brentani já estava trabalhando com Isaías Raw, ex-diretor do Instituto Butantan, que na época era seu professor.

Com o término da faculdade, partiu direto para o doutorado, também orientado por Raw. Brentani conta como isso aconteceu: “Um dia ele [Isaías Raw] entrou no laboratório e falou: Brentani, eu acho que esse negócio aí dá uma tese, pode escrever”. Ele devia ter razão, porque minha tese foi publicada na Nature [renomada revista de divulgação científica]”.

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