Os países em desenvolvimento precisam buscar – através da ciência e da tecnologia – soluções próprias para seus problemas, e não esperar que essas soluções venham das nações ricas, como ocorre hoje. A afirmação foi feita pelo ministro da Ciência e Tecnologia da Índia, Kapil Sibal, durante a 10ª Conferência Geral da Academia de Ciências do Mundo em Desenvolvimento (TWAS), realizada de 2 a 6 de setembro em Angra dos Reis (foto ao lado). Com 450 cientistas de vários países, o encontro abordou temas como desenvolvimento sustentável, nanotecnologia e mudanças climáticas. “As nações mais desenvolvidas entre aquelas do mundo em desenvolvimento têm que assumir um papel de liderança entre os vizinhos”, disse o matemático brasileiro Jacob Palis, eleito novo presidente da TWAS. O ministro Sibal sugeriu a criação de um fundo – financiado por 0,01% do PIB de cada país em desenvolvimento – para investir em pesquisas sobre energia solar, biodiversidade e saúde. especial

Os laboratórios da USP deram origem recentemente a alimentos melhorados que podem trazer benefícios para a saúde e a economia dos brasileiros. Na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em Piracicaba, foi criada a Pira Roxa, uma alface de folhas roxas, com valor nutricional maior do que as alfaces comuns, desenvolvida para aumentar a produtividade. Na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA), em Pirassununga, alunos desenvolveram um hambúrguer rico em fibras de caju – normalmente descartadas pela indústria –, também com alto valor nutritivo. Ainda na FZEA, pesquisadora conseguiu fazer um sorvete que inclui lactobacilos vivos, tornando-se uma nova alternativa para o consumo desses organismos úteis para o bom funcionamento do intestino. pesquisa

Em 17 anos de existência, o Programa Bolsa-Trabalho da Coordenadoria de Assistência Social (Coseas) da USP permitiu que alunos de graduação se integrassem a projetos que beneficiaram diretamente a sociedade. Foi o que mostrou a Feira Cultural promovida pela Coseas no dia 13 de setembro, quarta-feira, na Praça do Relógio, na Cidade Universitária, em São Paulo. A feira apresentou alguns desses vários projetos. Um deles é a Cia. do Riso, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, que tem o objetivo de humanizar o tratamento de crianças internadas no Hospital das Clínicas daquela cidade através da música, dança, mímica e brincadeiras. “Hoje vejo o paciente sob uma outra ótica, mais completa”, diz a estudante Débora de Miranda Barros, do terceiro ano de Enfermagem, que é um dos palhaços da Cia. do Riso. Outra iniciativa que tem a participação de bolsistas do Programa Bolsa-Trabalho é um projeto que ajuda pequenos produtores a se organizar em cooperativa. universidade

Atraso de 1 segundo a cada 3 bilhões de anos. Essa é a precisão do relógio atômico desenvolvido no Instituto de Física de São Carlos da USP. “Cada vez mais dependemos de uma marcação mais precisa do tempo e o relógio atômico é o instrumento que faz isso”, explica o professor Vanderlei Salvador Bagnato, coordenador do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (Cepof) do instituto, onde foi construído o aparelho. O relógio tem aplicações em várias áreas, desde a prospecção de petróleo até transações bancárias. pesquisa

A Tempestade

A última grande obra de Shakespeare foi transcrita na ópera de Ronaldo Miranda, composta sob encomenda da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo. A estréia mundial acontece nesta sexta, no Theatro São Pedro.

Jean Rouch

O Cinusp apresenta uma mostra do documentarista francês, exibindo seis títulos, entre eles Crônica de Um Verão, realizado na França em 1960, em parceria com o sociólogo Edgar Morin.

TV Digital

Esse é o tema do fórum de debates promovido nesta semana pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, que vai discutir a TV digital no âmbito da tecnologia e da cultura. Pág. 18