Buriti, de Guimarães Rosa, é um enigma. Conto/novela/poema narrado em flashback, o
texto abre-se a uma pluralidade de leituras. A polifonia e o desvio do uso convencional da
linguagem são estratégias que prendem o leitor, encantado com a originalidade dos
experimentos linguísticos do ficcionista mineiro. Este artigo tem como objetivo apontar
algumas das qualidades do texto rosiano presentes em Buriti, com especial destaque para a
grande riqueza das palavras, a multiplicidade de focos narrativos e o uso do flashback.