A proposta do presente trabalho consiste no exame da confiabilidade do protagonista-narrador Riobaldo, em Grande sertão: veredas, e na investigação da sua constituição identitária masculina, principalmente no tensionamento com Diadorim, personagem que também oportuniza a verificação dos modos de configuração de masculinidades. Para isso, a orientação teórica se dá com Theodor Adorno (“Posição do narrador no romance contemporâneo”), Cristiane da Silva Alves (“A formação dos homens e a violência em Grande sertão: veredas”), Mônica Raisa Schpun (Masculinidades), entre outros.
Leitura de Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, considerando certos pares suplementares: deus e demo, fala e escrita, totalidade e ambigüidade, amor e amizade, ficção e vida etc.
Numa passagem de Grande sertão: veredas, Riobaldo fala de uma "sonhice" que teve: "Diadorim passando por debaixo do arco-íris". Vinte anos antes, em Magma, Rosa escreveu um conjunto de sete poemas, cujos títulos denunciam a presença do arco-íris e ativam sentidos que tal fenômeno carrega. Entender alguns destes sentidos, mostrando como as cores funcionam na vida e na lite ratura, é o que quer o prese nte artigo. Para isso, analisam-se o poema "Vermelho" e a referida passagem-sonho como indicadores de um pensamento sobre a sexualidade.
O presente trabalho tem como foco o estudo do personagem Guirigó, único
personagem infantil no romance Grande sertão: veredas (2006), clássico da literatura
brasileira, escrito por João Guimarães Rosa. Embora coadjuvante na obra e,
provavelmente, por isso foco de escassas análises e raros estudos, ele revela aspectos
fundamentais da narrativa. Adotaremos textos teóricos sobre o romance, como
Grandesertão. br: um romance de formação do Brasil (2006), de Willi Bolle, O homem
dos avessos (1957) de Antonio Candido, “O problema da homossexualidade em Grande
sertão: veredas”, no verbete Inconsciente (1992) de Kathrin Rosenfield, e ainda estudos
e artigos que analisam – ainda que brevemente – o personagem em pauta, como em
Grndsrt ̃: vertigens de um enigma (2001) de Marcelo Marinho e Imagens do Grande
sertão (1998) de Arlindo Daibert, entre outros.
Reflexão acerca das estratégias narrativas (quem fala: o foco; quando fala: o tempo; como fala: a trama) adotadas por Lúcio Cardoso e Guimarães Rosa, em seus romances Crônica da casa assassinada [1959] e Grande sertão: veredas [1956], para abordarem temas como o incesto e a homossexualidade.