Nesta pesquisa, procuramos analisar a representação estética do medo em narrativas
de João Guimarães Rosa. Para tanto, o presente estudo se divide em duas partes: a
primeira corresponde ao exame do medo que invade o universo infantil em “Campo
Geral” e finda com o personagem já adulto em “Buriti”; já a segunda, compreende a
análise de como o medo se apresenta em meio ao universo do indivíduo idoso em duas
distintas estórias “A benfazeja” e “Os chapéus transeuntes”. Assim sendo, temos como
objetivo analisar o medo sentido ou provocado pelos personagens em meio aos
caminhos tortuosos por eles percorridos nestas estórias, na perspectiva de
compreender como o medo se firma em cada narrativa e se articula com seguimentos
culturais, históricos e sociais nelas impressas estruturalmente. Buscaremos entender,
também, como o medo se configura na linguagem literária, admitindo funções de
caráter místico, religioso e filosófico sobre os personagens, por vezes modificando o
modo como pensam, têm consciência de si e das circunstâncias em que vivem. Para o
estudo específico sobre o medo adotaremos como suporte teórico Delumeau (2009) em
História do medo no ocidente; Myra y López (2012) em Quatro gigantes da alma: medo,
ira, amor, dever; e Michel de Montaigne (2010) em “Sobre o medo”.
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