Lançada em 1954, integrando o livro Corpo de Baile, a novela "Cara-de-Bronze" é geralmente citada por seus estudiosos por sua requintada experimentação de linguagem e de forma, e por guardar em si possibilidades de uma hermenêutica que nos leve ao entendimento da composição das outras narrativas de Corpo de Baile. Um dos pontos que nos levam a entender a relação desta narrativa com as outras do livro é a percepção de que o estado lúdico previsto pelo estético faz parte do cotidiano sertanejo apresentado, sobretudo na criação e narração de estórias (como acontece com o personagem Grivo e com o violeiro Quantidades), como maneira de buscar uma fuga para as mazelas da realidade circundante. Esses movimentos de invenção de estórias estão justamente dentro do plano estético alcançado, entendendo, segundo Schiller, nessa criação, a necessidade de um plano lúdico. Nesse viés, faremos o diálogo de Guimarães Rosa com as teorias do filósofo alemão Friedrich Schiller (1759-1805), sobretudo em Car
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