João Guimarães Rosa e José Luandino Vieira revelaram extraordináriota lento para inventar linguagens. As vozes, respectivamente "brasileiras" e angolanas", portadoras das histórias de João e de José, são tão engenhosamente criadas quanto os eventos concebidos com os agentes de sua dramatização. Se é imediatamente visível esse traço comum aos dois ficcionistas, as marcas diferenciais entre ambos não são menos flagrantes, ficando, desde logo, perceptível que as falas, na obra de um e de outro, têm pontos de origem distintos/distantes, e vêm identifi car falantescujos universos, estritamente linguísticos ou genericamente culturais,onde se projetam suas particularidades pessoais e nacionais, são suigeneris. Examinar alguns pontos desse ângulo de criatividade na ficção dos dois escritores é o objetivo des te trabalho.
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