A travessia para o silêncio e para a solidão se oferece como uma forma extrema de inventar
uma nova modalidade de existir. O pai, que toma a decisão insólita de cursar no rio “solto
solitariamente”, assume o desempenho das águas que vivem de correr e morrer. Adotar o rio
como morada é morrer: niilificar-se para plenificar-se. Não admira que os familiares, aderidos ao
agora, escravos da permanência, não o compreendam: “aquilo que não havia, acontecia”. O filho
mais velho atinge o limiar de uma intuição reveladora, mas retrocede diante do “salto mortale”.
Contudo, quem não morre não chega a existir. E cabe a indagação: o que “se dá” nesta travessia
para o silêncio e para a solidão que anima e sustenta um gesto tão extremado?
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