Ir e vir é um direito assegurado a todo cidadão. Deslocar-se é próprio da espécie animal; escolher caminhos, traçar uma via para viajar, é característica humana. O artigo pretende identificar, no itinerário de personagens do livro Tutaméia Terceiras Estórias, os motivos que os impulsionam para viajar, bem como observar o traçado espacial desse itinerário. Ocorre que entre esses personagens a viagem torna-se diversa em sua configuração, à medida que não são apenas viagens por estradas reais, por terra e por rio, por meio de montaria ou de barco. O tema da viagem em Tutaméia configura-se também pela metáfora do olhar para frente e para trás, o que se reverte na ação do próprio leitor na travessia de ir e vir, direito e dever assegurados por um narrador. Propõe-se uma análise intratextual da obra rosiana, para interpretar enigmas que se imbricam entre personagens de contos diferentes, na representação metafórica da viagem.
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