O artigo analisa, comparativamente, dois feiticeiros negros da literatura brasileira: Joaquim
Cambinda, personagem de A carne, de Júlio Ribeiro, e João Mangolô, do conto “São Marcos”, de João
Guimarães Rosa. No primeiro caso, vê-se um retrato estereotipado da prática religiosa de matriz africana, ao passo que, no segundo, tem-se um processo de resistência à opressão racial promovida justamente pelo exercício de linguagem envolvido no manejo da palavra mágico-religiosa.
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