Representada pela literatura, a Amazônia configura-se enquanto espaço fronteiriço, à margem da história, como se verifica em Inferno verde, de Alberto Rangel. Dessa obra, examina-se “Hospitalidade”, comparado, a seguir, com “Meu tio o Iauaretê”, de Guimarães Rosa. Embora, relativamente ao estilo e a estrutura, os dois contos sejam diferentes, expõem, ambos, um lugar noturno e selvático, com um homem extraviado no mato e com um assassino que lhe dá abrigo. Deste modo, Rangel e Rosa interrogam a hospitalidade num espaço banido e selvagem e propõem uma questão radical sobre o limite entre aquilo que é dentro ou fora da Lei. Questionam o limiar primordial separando e conjungindo, ao mesmo tempo, o humano e o animal.
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