Partindo da análise do conto “A Terceira Margem do Rio”, de Guimarães Rosa, pretendemos refletir sobre o arranjo actancial e tensivo do acontecimento extraordinário (ou apenas acontecimento, nos termos de Zilberberg), seja em seu polo eufórico ou disfórico. A ocorrência desse evento necessariamente implica um jogo de presença atual ou potencial dos valores da ruptura e da convenção. Acreditamos que esse conto consubstancia as forças actanciais que estão em funcionamento quando esses valores estão em cena. Dessa forma, ele pode funcionar como baliza para futuros estudos sobre o evento extraordinário.