Andréia Terzariol Couto aborda a conscientização para o uso da água doce

Por Leonardo Belleza e Matheus Nistal

A nona oficina do Projeto Registro Digital de Piraju “Nosso bem comum: como conscientizar o aluno sobre o uso racional da água doce no cotidiano” foi ministrada pela Profª. Drª. Andréia Terzariol Couto em 29 de setembro, às 19 horas, com transmissão ao vivo pelo canal do CJE no YouTube.

Ela é jornalista, doutora em Engenharia Agrícola na área de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), possui Mestrado em Comunicação Social na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Graduada em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e em Jornalismo pela Universidade Paulista, Couto é pesquisadora sobre estudos africanos, com foco na região dos Grandes Lagos, África Central. Atualmente, realiza pós-doutorado e é professora colaboradora no curso de jornalismo da Universidade de São Paulo. Entre as suas diversas publicações destaca-se o livro “O país das mil colinas” (Appris, 2013) sobre Ruanda.

 A oficina integra o cronograma do Projeto “Registro Digital da Memória e do Turismo na Estância Turística de Piraju – desenvolvimento das habilidades comunicacionais no Ensino Fundamental I e II” do Programa USP MUNICÍPIOS. 

A professora apresentou o conceito de segurança hídrica que promove a proteção do meio ambiente, a conservação ambiental e a segurança alimentar. Salientou também que o assunto vem ganhando cada vez mais relevância.

Além disso, trouxe o fato de que milhões de pessoas no mundo não têm acesso facilitado à água de qualidade – segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 2,1 bilhões de pessoas não têm água potável em casa. Existem países que esse acesso é mais difícil, coube citar a Angola, que por muitas vezes precisam ser socorridos pelas organizações mundiais. 

Há conflitos que surgem a partir de disputas em relação à água, como os desvios de cursos de rios para hidrelétricas (utilizados para a geração de energia)  e irrigação. Muitos lagos já secaram no mundo inteiro devido ao seu mau uso da água. 

Andréia ressalta que o Brasil é um país com grandes quantidades de recursos hídricos – rios caudalosos, lagos e dois aquíferos gigantescos (reservatórios subterrâneos de água doce, como os sistemas aquíferos Guarani e Alter do Chão). E, por muitas vezes, temos a ideia de abundância que, por ter muito, pode ser gasto à vontade, mesmo sendo um recurso finito. Porém, há o desperdício, que significa a falta de conscientização no uso diário, como deixar as torneiras abertas enquanto escova os dentes, usar a vassoura hidráulica, entre outros. 

Além disso, o uso do plástico também afeta a saúde planetária, polui as águas, põe em risco a vida de animais marinhos e de todos os seres humanos. Assim, estão se formando grandes ilhas de plásticos que flutuam nos oceanos. O uso indiscriminado de agrotóxicos e pesticidas também contribuem para a contaminação das águas do Brasil.

Ela exalta a importância da Floresta Amazônica, que possibilita a formação de rios voadores, levando umidade para diversas regiões da América do Sul – o que impacta a saúde, o bem estar e até a economia. “A nossa qualidade de vida no futuro depende dos jovens e dos seus professores”, é a mensagem deixada pela pesquisadora.

Você pode assistir à palestra da professora Andréia Terzariol Couto abaixo:

Leonardo Belleza & Matheus Nistal são bolsistas e  repórteres do  Registro Digital da Memória e do Turismo na Estância Turística de Piraju – desenvolvimento das habilidades comunicacionais no Ensino Fundamental I e II do Programa USP MUNICÍPIOS

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *