ISSN 2359-5191

28/06/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 40 - Saúde - Faculdade de Odontologia
Cáries escondidas preocupam dentistas

São Paulo (AUN - USP) - As chamadas cáries escondidas são aquelas que não são vistas por exame a olho nu, mas que são bem grandes quando analisadas por radiografia. Na XVII Reunião de Pesquisa da Faculdade de Odontologia da USP (FOUSP), o professor escocês da Universidade de Dundee, David Ricketts, apresentou uma palestra sobre o tema “Tratamento da Doença Cárie”.

A reunião acontece todo ano com realização da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Odontologia, FUDECTO, que tem por objetivo o aprimoramento e o desenvolvimento das ciências odontológicas, junto com a FOUSP e apoio da empresa Colgate.

O tema do encontro deste ano foi “Pesquisa Clínica e Produção de Saúde”. Dentro dessa linha, o professor Ricketts falou da dificuldade que os dentistas enfrentam para encontrar as cáries escondidas, que são detectadas apenas através da radiografia. Segundo ele, esse tipo de cárie é mais comum em países desenvolvidos, onde as pessoas têm mais acesso à saúde e, por isso, apresentam menor índice de cáries de uma maneira geral. Assim, os dentistas desses locais ficam desacostumados a analisar mais profundamente seus pacientes. “Se você lida com baixa prevalência de cáries na população, você terá maior dificuldade de detecção”, disse o professor, que vem de um dos países que sofre com esse problema.

De acordo com o palestrante, a partir da década de 90, começou a haver uma tendência ao aumento na incidência de cáries na população, devido a mudanças sociais nesse período. Os jovens passaram a ficar menos em casa e a comer mais em lanchonetes. Além disso, os hábitos alimentares também mudaram. Há cada vez maior disponibilidade de produtos prontos e de redes de fast-food. Tudo isso implica na quantidade de pessoas com algum problema na saúde bucal.

Dividindo o dente em três partes, há: a rasa, a média e a pulpar, mais profunda. Analisados cem casos de cárie na parte rasa (externa), na Escócia, menos de 40% dos dentistas foram capazes de detectá-la, visual ou radiograficamente. Por isso, o professor Ricketts a considera a mais preocupante de todas. São consideradas lesões mal-interpretadas: as cáries escondidas.

O palestrante disse que “ser dentista é ser detetive”. Esses profissionais devem suspeitar da saúde bucal de seus pacientes e ficar satisfeitos quando descobrirem que os dentes estão completamente bem.

Leia também...
Nesta Edição
Destaques

Educação básica é alvo de livros organizados por pesquisadores uspianos

Pesquisa testa software que melhora habilidades fundamentais para o bom desempenho escolar

Pesquisa avalia influência de supermercados na compra de alimentos ultraprocessados

Edições Anteriores
Agência Universitária de Notícias

ISSN 2359-5191

Universidade de São Paulo
Vice-Reitor: Vahan Agopyan
Escola de Comunicações e Artes
Departamento de Jornalismo e Editoração
Chefe Suplente: Ciro Marcondes Filho
Professores Responsáveis
Repórteres
Alunos do curso de Jornalismo da ECA/USP
Editora de Conteúdo
Web Designer
Contato: aun@usp.br