ISSN 2359-5191

29/05/2014 - Ano: 47 - Edição Nº: 15 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Ciências Biomédicas
Projeto Supernova quer potencializar inovação na universidade
Parceria entre ICB e Poli é lançada a partir de eventos e curso para alunos, docentes e empresários
Evento discutiu o empreendedorismo na universidade (Imagem: Otávio Fernandes Nadaleto)

Com objetivo de estreitar as relações entre a academia e o mercado, o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e a Escola Politécnica da USP criaram o Projeto Supernova. Para atingir seus objetivos, os criadores firmaram uma série de parcerias com empresas químicas, farmacêuticas, biomédicas/biotecnológicas, incubadoras tecnológicas, investidores e fundos de fomento à inovação. A inspiração para seu desenvolvimento é a Plataforma Spark, criada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, em 2002.

No último dia 9 de março, ocorreu o segundo dos três eventos de lançamento do projeto. Ele reuniu representantes de diversos setores envolvidos na cadeia produtora de tecnologias: universidade, gestão pública, iniciativas privadas de fomento da tecnologia e indústria.

“Existe a necessidade da inovação, com a qual a universidade brasileira, em geral, pouco colabora”, afirma Vanderlei Bagnato, da coordenador da Agência USP de Inovação, órgão da universidade que busca fomentar o desenvolvimento de novas tecnologias. “A lei da inovação diz que cabe à universidade e aos institutos de pesquisas ser parte de negócios que sejam de interesse da nação. Não é só necessário que a ciência brasileira contribua com a inovação: é também urgente”, completa.

O grande desafio da produção de tecnologia, segundo os debatedores, é não comprometer a ciência e a qualidade dos alunos formados pela universidade. “A criatividade para que ocorra a inovação exige de processo, sistematização e método. Em suma, é preciso disciplina. O problema no Brasil é de coordenação, de foco. Dinheiro não falta”, afirmou Sérgio Risola diretor-executivo do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), uma incubadora de inovação.

Um dos grandes obstáculos para o desenvolvimento de tecnologias é a falta de regulamentação a favor dos empreendedores. “Estamos na década de 60 em termos de inovação. A palavra empreendedorismo, inovação e tecnologia não estão na constituição brasileira. Nosso dever é mudar isso”, pontua Risola.

O terceiro evento de lançamento ocorre no dia 10 de junho com o tema “Drug Discovery in Academia: The Spark Approach”. No segundo semestre deste ano, ocorrerá o curso para alunos, docentes e empresários, com o objetivo de desenvolver a mentalidade emprendedora em âmbito acadêmico.

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