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“Aqui nós
não trabalhamos com morte por causa
externa, apenas com mortes naturais.”
Carlos Augusto Pasqualucci, diretor do SVOC.
Mário Lúcio Romão,
em primeiro plano, e Jonivaldo Pereira de
Araújo, ao fundo, na recepção
do SVOC.
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Serviço de Verificação
de Óbitos presta serviços
à comunidade e apóia ensino
e pesquisa
Há mais de 60 anos, a USP realiza
necropsias em casos de mortes naturais através
do Serviço de Verificação
de Óbitos. Fundado em abril de 1931,
o órgão foi vinculado à
Faculdade de Medicina (FM/USP) oito anos
depois, com o intuito de fazer uso dos profissionais
e da infra-estrutura universitários.
Em contrapartida, de lá para cá,
o serviço vem possibilitando a realização
de importantes estudos anatômicos
que contribuem para o ensino e a pesquisa
das diversas faculdades da área médica.
O Serviço de Verificação
de Óbitos tem uma sede na capital
(SVOC) e uma no interior, na Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto (SVOI).
O professor do Departamento de Patologia
da FM/USP e diretor do SVOC, Carlos Augusto
Pasqualucci, faz questão de ressaltar
que o órgão contempla as três
principais atribuições da
Universidade. No SVO, ensino, pesquisa e
extensão estão intimamente
ligados, a começar pela “prestação
de serviços à comunidade,
através da elucidação
dos diagnósticos de mortes naturais”,
como ele mesmo afirma. O professor explica
que muitas pessoas confundem o trabalho
do SVO com o do IML. “Chegam para
mim após um desastre como o da TAM
e dizem: ‘ah, o seu serviço
deve estar muito movimentado’. Eu
digo que não, porque aqui nós
não trabalhamos com morte por causa
externa, apenas com mortes naturais.”
De acordo com a Lei Estadual nº 5.452,
o SVOC só pode realizar necropsias
em pessoas mortas na cidade de São
Paulo, e o SVOI apenas nas que morreram
em Ribeirão Preto. As cidades da
Grande São Paulo que quiserem ter
o serviço devem se credenciar junto
ao SVOC e as do interior junto ao SVOI.
No entanto, como observa Edson Garcia Soares,
professor da FMRP e diretor do SVOI, nem
todas têm a infra-estrutura necessária
para isso. “Nós teríamos
que fazer uma mudança na lei para
resolver esse problema”, sugere.
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