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A última lição de Octavio Ianni

A última aula do sociólogo Octavio Ianni, dada dia 3 de março na abertura do ano letivo da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, consistiu numa defesa considerada primorosa da literatura e das artes como fatores de unificação e enriquecimento de um ensino cada vez mais fragmentado e subdividido em especialidades. A palestra, que reuniu cerca de 2 mil alunos e docentes, representou também uma despedida informal do professor, que morreu dia 4 de abril, vítima de câncer, e foi sepultado em Itu, sua cidade. No velório, colegas da Sociologia e de áreas afins destacaram a importância das pesquisas de Ianni para o desenvolvimento da sociedade brasileira e sua luta em favor das minorias e do trabalhador. O sociólogo fez parte de uma geração de intelectuais que estudaram, e ainda estudam, o Brasil na sua totalidade e sob diversos ângulos, entre outros, Florestan Fernandes, Caio Prado Júnior, Antonio Candido, Francisco de Oliveira, Fernando Henrique Cardoso, Paul Singer e José de Souza Martins. Foi um dos fundadores do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), entidade marcada inicialmente pela tendência marxista, à qual Ianni se manteve fiel até o fim da vida.universidade>>



UNIVERSIDADE

A universidade no projeto Brasil
Decidido a enviar ainda este ano ao Congresso Nacional o projeto de reforma universitária, o governo deu início aos debates, ouvindo grupos sociais organizados. Uma teleconferência no auditório do Ministério da Educação, dia 31 de março, marcou o primeiro encontro; o segundo, no Ministério das Relações Exteriores, teve a participação de parlamentares, reitores e representantes de outros países, entre eles, o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos. Para ele, uma reforma consistente da universidade pressupõe um projeto de país. “A universidade”, disse, “é o grande sinal para onde vai a reforma do Estado”.universidade>>

ESPECIAL
Bienal do Livro
Acompanha esta edição do Jornal da USP um suplemento especial dedicado ao livro e à leitura, nesses tempos de Bienal. Destaque para a entrevista com a secretária da Cultura Cláudia Costin, que explica o programa de incentivo à leitura no Estado de São Paulo, e a repercussão entre os professores da USP.especial bienal >>

ESPECIAL
Ensino público, mas com reforma

A defesa do ensino público foi um dos pontos fortes do Fórum Mundial de Educação, que reuniu no Anhembi (São Paulo), entre os dias 1o e 4 de abril, cerca de 60 mil pessoas e delegações de sete países. “Defendemos a escola pública, mas também defendemos a sua mudança. Só a escola pública garante o direito de cada ser humano ter acesso ao saber”, disse Bernard Charlot, Professor Emérito da Universidade de Paris 8 e pesquisador visitante do CNPq. A temática do debate, preparatório do 3o Fórum Mundial de Educação a se realizar em julho em Porto Alegre, foi em parte proposta pela Faculdade de Educação da USP e tem “uma dimensão de pesquisa, de política e de cultura mais ampla”, segundo a professora Leny Magalhães, coordenadora da equipe da FE. especial >>

 


VAMOS
em DESTAQUE
Salão de Idéias
É um grande encontro do escritor com o público, com quatro sessões diárias, no Auditório 5. Na abertura estão Lygia Bojunga, Adélia Prado, Tatiana Belinky e Paulo e Chico Caruso (sexta, às 11h, 15h, 18h e 20h30, respectivamente). Ainda estão programados outros grandes nomes do cenário nacional e internacional, como Lya Luft e Ignácio de Loyola Brandão (sábado, às 18h e 20h30, respectivamente); Nélida Piñon e Domingos Pellegrini (domingo, às 18h); José Mindlin e Vera Tess (dia 19, às 11h); o americano Nick McDonell (dia 19, às 20h30) e o irlandês Eoin Colfer (dia 21, às 15h); Ana Maria Machado e Carlos Heitor Cony & Ana Lee (dia 24, às 15h e 18h). Além disso há nomes do jornalismo (Luiz Nassif, Daniel Piza, Zuenir Ventura, Humberto Werneck e Matinas Suzuki), do esporte (Juca Kfouri e Ana Moser) e do universo infantil (Maurício de Sousa e Ziraldo).
 
Café Paulicéiao
Presta uma homenagem à cidade, com debates que vão discutir a formação cultural e histórica de São Paulo, mediados pelos jornalistas Manuel da Costa e Alexandre Ababiti Fernandez. Sempre às 15h30 e 19h30, com entrada gratuita (a capacidade é para 120 pessoas). A programação conta com nomes de várias áreas: Mário Chamie e Férrez (nesta sexta), Tom Zé e Marcelino Freire & Nelson de Oliveira (sábado), Júlio Medaglia e Ismail Xavier (domingo), Jorge Schwartz e Solano Ribeiro (dia 19 de abril), Angli & Laerte e Roberto Pompeu de Toledo (dia 20), Zuza Homem de Mello e Claudio Willer (dia 21), Luiz Tatit e Ugo Giorgetti (dia 22), Frederico Barbosa e Glauco Mattoso (dia 23), Celso Favaretto e Fernando Bonassi (dia 24), encerrando com Carlos Rei-chenbach e Carlos Augusto Calil (dia 25).
 
Espaço Universitário
Também gratuito, esse espaço promove um ciclo de seminários, contemplando diversas áreas (Letras, Marketing, Turismo, Economia, Moda, Estética e Saúde, Administração, História, Ecologia, Jornalismo e Direito). Serão realizadas, em média, três palestras por dia, no Auditório 2 (200 pessoas). Entre os destaques estão o escritor Moacyr Scliar que fala sobre os “Mistérios da criação literária” (quinta, às 14h); o professor Gaudêncio Torquato, que discute “O cenário social, político e institucional do País” (sexta, às 14h); o economista Otto Nogami, desvendando os mistérios do mundo financeiro (domingo, às 14h); a especialista em moda Constanza Pascolato e a moda do século 21 (dia 19, às 10h); o cientista político Carlos Novaes, que trata da questão do PT: “Novidade e mudança no cenário político brasileiro” (dia 21, às 16h); e a professora Lúcia Santaella, que trata da semiótica na era da comunicação (dia 23, às 10h).
 
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