Este artigo pretende refletir sobre a narrativa “A benfazeja”, décimo sétimo conto do livro Primeiras estórias, de João Guimarães Rosa. Em nossa leitura, propomos a existência de um viés que dialoga com a tragédia grega antiga, aclimatado no sertão dos gerais. Assim, o diálogo com o drama grego dá-se, sobretudo, na imersão de elementos que compõem as tragédias, como a catarse e o destino (moîra), mas lido na proposta rosiana, isto é, na perspectiva do cotidiano, lugar de muitas “estórias”, as quais se ligam ao teor das temáticas humanas universais. Além disso, a narrativa perfaz-se no jogo retórico das paixões, o qual segundo Aristóteles, é peça importante no julgamento, e que nos servirá de fundamento ao pensarmos juízos de valores em relação às personagens.
Este ensaio tem o objetivo de refletir sobre a moira, destino ligado à matriz grega, em interface com as viagens e com a violência do sertão a partir do conto “Duelo”, quarta narrativa do livro Sagarana, de Guimarães Rosa. Trata-se de uma espécie de aclimatação do destino antigo à vivência do sujeito sertanejo, sobretudo no espaço de perseguição, de morte e de instabilidade nos gerais. Assim, esta reflexão em torno do conto do autor mineiro faz-se na leitura que instala a paisagem do sertão ao plano universalista da tradição grega: o destino.
Este ensaio tem objetivo de refletir sobre a moira, destino ligado à matriz grega, em interface com as viagens e a violência do sertão a partir do conto Duelo, quarta narrativa do livro Sagarana, de Guimarães Rosa. Trata-se de uma espécie de aclimatação do destino antigo à vivência do sujeito sertanejo, sobretudo no espaço de perseguição, morte e instabilidade nos gerais. Assim, esta reflexão em torno do conto do autor mineiro faz-se na leitura que instala a paisagem do sertão ao plano universalista da tradição grega: o destino.
Este artigo tem como objetivo refletir sobre a presença do trágico em Primeiras estórias, de João Guimarães Rosa, colocando-o como uma espécie de “aclimatação” trágica no sertão dos gerais. Para isso, abordaremos os “ecos” do drama antigo a partir do destino/ necessidade (Anánke) e violência (Bía), relacionando-os aos conflitos do sertão. A análise dar-se-á em “Fatalidade”, nono conto de Primeiras estórias. Nesse sentido, este texto tem como parâmetro o caráter universal, em que convergem para as estórias primeiras, o qual é possível encontrar-se nos mitos e narrativas literárias antigas, convivendo pelo sertão, em um estado de simplicidade, mas ao mesmo tempo capaz de emergir da riqueza em relação à importância das “estórias” que se perfazem no lugar.