Este trabalho analisa os contos "A menina de lá" e "Um moço muito branco" de João Guimarães Rosa e objetiva demonstrar o diálogo que o enunciador rosiano estabelece com o discurso mítico, perceptível na estrutura dos dois contos. Para isso nos valemos das relações que Calame (1986) estabelece entre o discurso mítico e cada um dos diferentes níveis do percurso gerativo de sentido da semiótica francesa.
Este trabalho, ao analisar “Sorôco, sua mãe, sua filha”, conto de João Guimarães Rosa, procura demarcar, nos limites da leitura que realiza dessa narrativa de Rosa, o percurso das investigações semióticas nos últimos vinte anos, com o intuito de avaliar como essa metodologia transferiu suas preocupações, antes, atentas ao nível narrativo, à ação de uma narrativa, para as paixões que envolvem e movimentam, no nível discursivo, essa mesma ação narrativa.
Tendo como embasamento teórico a semiótica greimasiana, faz-se análise comparativa da história de Cinderela, na versão de Charles Perrault, com dois filmes e um conto de Guimarães Rosa, para verificar o modo como o tema “o amor tudo vence” é tratado nesses textos. A história de Cinderela renova-se, recobrindo-se com novas figuras, como conseqüência da alteração nos traços sêmicos dos papéis de príncipe e de princesa.
O artigo objetiva compor um retrato de Roland Barthes com base em duas obras suas: Câmara clara e Sur Racine. Mais propriamente a partir de fotografias publicadas pela primeira obra. Vale-se como ponto de partida da leitura que delas fizeram outros estudiosos, para, em seguida relacioná-las a fotos do próprio Barthes. Para completar esse retrato, o artigo o aproxima de um conto de Guimarães Rosa: “Nada e a nossa condição”.