As reflexões apresentadas neste breve artigo surgiram a partir de uma leitura de duas obras – o Fausto de Goethe e Grande sertão: veredas de Guimarães Rosa -, leitura que tenta mostrar não tanto os pontos em comum entre os dois textos, mas, sobretudo, as divergências em relação à questão pactária, isto é, as modalidades nas quais os dois protagonistas, Fausto e Riobaldo, realizam o encontro com o diabo, com o “mal”. Na obra do escritor mineiro se evidencia um afastamento dos topoi que caracterizam as obras relativas a esse tema – ao contrário do que ocorre no Fausto de Goethe – e se chega à conclusão de que só “existe é o homem humano”.