Imagens, representações, estereotipias sobre o Sertão, o Sertanejo, com suas etnias, culturas, psicologias têm sido, ao longo dos tempos, gestadas e amplamente disseminadas por praticamente todos os gêneros discursivos e por todos os modos e formas de linguagem verbal e não-verbal, com claros propósitos ideológicos de construção dessa região do país como o Outro, aí contemplados os mais diversos e ambíguos sentidos de positividade e de negatividade. Assim, de região berço e símbolo da nacionalidade e da brasilidade, de centro econômico, social, cultural e religioso durante quase todo o período colonial, de região representada ora como inferno ora como paraíso, torna-se, não raro, o Sertão, como o lugar da mestiçagem, da pobreza e da ignorância endêmicas, da seca, da migração, dos surtos messiânicos, do coronelismo e do jaguncismo e das formas de violência características de terras sem lei. Identificar, analisar, questionar, problematizando, em diálogo com Willi Bolle: Grandesertão.br,
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