O artigo propõe uma leitura do conto “Meu tio o Iauaretê”, de Guimarães Rosa, a
partir da questão da voz e de aspectos da cultura indígena: o recorrente uso de termos do tupiguarani e o aproveitamento de uma das mais conhecidas lendas amazônicas, a lenda da Iara,
sereia dos rios cuja voz, canto e beleza atraem um jovem índio em direção à morte. O conto é
narrado por um onceiro que, conforme fala, sofre uma metamorfose em onça. Com isso, a
narrativa se elabora nas fronteiras entre humanidade e animalidade, entre palavra vocalizada e
ruído animal sem sentido, bem como entre o português e o tupi-guarani.
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