Da experiência psicológica a uma noção do contar em 'Grande Sertão: Veredas': provocações literárias para pensar a subjetivação como processo coletivo a partir da narratividade
Este artigo utiliza a obra de Guimarães Rosa enquanto revelador de conceitos como o de experiência, narração e memória a fim de questionar e provocar o atual estatuto das noções homônimas presentes na psicologia. A partir de passagens do livro “Grande Sertão: Veredas”, procuramos levar a pensar o processo de subjetivação como engendrado pela narratividade, sendo assim um processo coletivo que atravessa as dicotomias presentes nas correntes de pensamento clássicos da psicologia e da semiologia contemporânea.
Através de um processo de criação a que chamamos de “ouvinte invisível”, Rosa transpõe a psicologização da experiência revelando o surgimento de “eus” e “mundos” advindos do próprio contar. A narratividade revelada pela criação literária provoca a possibilidade de uma mudança de paradigma no estatuto da experiência em psicologia. O contar une literatura e pensamento psicológico em uma travessia de todos.
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