O presente trabalho analisa os contos Orientação, de Guimarães Rosa, e Um oriental na
vastidão, de Milton Hatoum. Esses textos são compreendidos como lugares onde aparecem
cartografados os encontros interculturais entre personagens chinesas, japonesas e brasileiras no
sertão mineiro e na floresta amazônica em projetados em escala global do imaginário
contemporâneo. Zona de passagem intricada, as vozes heterogêneas do texto rosiano e
hatouniano equilibram-se na desterritorialização do imaginário híbrido, imprimindo o ritmo da
travessia para o outro lado de si, além do deslocamento pela atmosfera das latências do outro,
reposicionada na constelação das mobilidades transmigrantes.