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A MODALIDADE QUE SÓ CRESCE NO BRASIL – Entrevista com Luiz Amado

Victoria Pissolato
Autor desconhecido

Academia The Box, São Paulo

Criada nos Estados Unidos no começo dos anos 2000, através do ex-atleta Greg Glassman, o Crossfit chegou ao Brasil em 2009, depois da inauguração da primeira academia especializada nesta prática de atividade física. O mecanismo de treino tornou-se marca e pode ser compreendido como uma série de exercícios visando o condicionamento físico que é feito em um espaço bem diferente das academias tradicionais de musculação.
Diferente da academia, na qual você tem aulas específicas para objetivos e regiões do corpo distintas, o Crossfit enfatiza exclusivamente no condicionamento, levando o aluno a trabalhar, ao mesmo tempo, 10 capacidades físicas de forma equilibrada: resistência muscular e cardiorrespiratória, flexibilidade, força, potência, precisão, agilidade, coordenação e velocidade.
Alguns anos depois do lançamento no Brasil, cada vez mais interessados foram se envolvendo com o modelo e, de uns tempos para cá, uma onda de academias e praticantes em diversas regiões do país. Hoje, existem vários casos de pessoas que abandonaram a musculação na academia “padrão”, para se juntar ao Crossfit, tornando dessa prática, um verdadeiro estilo de vida.
Luiz Amado, de 18 anos, faz parte do grupo que desde o começo apostou no Crossfit brasileiro. Praticante desde os 14, ele aponta que o esporte hoje, deixou de ser uma promessa para tornar-se uma febre.
VP: Como e quando você conheceu o Crossfit?
LA: Já acompanhava a modalidade enquanto ela era “novidade” nos EUA através de alguns atletas conhecidos pela internet. Além disso, não suporto os treinos monótonos das academias tradicionais e assim que abriu um box especializado em crossfit perto da minha casa, fiz questão de logo começar. BJE

VP: E a sua rotina de treinos? Como ela é?
LA: Realizo o treino competitivo e como pratico há um considerável tempo – sem contar a pausa forçada para os estudos no último ano -, venho aumentando a intensidade cada vez mais. Chegando a treinar de 4 a 5 vezes por semana. BJE

VP: Você já chegou a participar de algum campeonato de Crossfit?
LA: Já participei de algumas competições sim, mas só uma muito grande. Existem algumas competições onlines que servem para melhorar a performance individual e costumam ser mais conhecidas pelos box. As inscrições para esses campeonatos costumam ser bem caras e essa foi uma acessível, dentro dos parâmetros. A última que eu participei foi no Allianz e era gigante: chamava BRV, durou um final de semana inteiro, com longos treinos no decorrer do dia e um intervalo pequeno de descanso entre eles. Era realmente para testar o seu condicionamento e motivar a continuar treinando ainda mais. Reunia atletas de 8 categorias diferentes, o que além do teste físico, possibilitou uma troca de experiências entre atletas fundamental para qualquer um que estava ali e considera o Crossfit mais do que uma modalidade esportiva. BJE
VP: Mesmo sendo um esporte “da moda”, muitas pessoas ainda olham o Crossfit de uma maneira cética. O que você tem a dizer sobre isso?
LA: Tem muita mentira envolvendo o Crossfit. Se você leva seu treino a sério, faz em um lugar apropriado com instrumentos corretos e instrutores bem preparados, não tem com o que se preocupar. São movimentos difíceis, que assustam de cara e envolvem muita técnica, porém com a prática não tem o que temer. Mas, antes de tudo, as pessoas devem deixar o preconceito de lado. Não vá pelo que os outros falam por aí, que machuca ou que é forte demais etc… BJE

VP: E para finalizar, qual conselho você daria para alguém que deseja começar a praticar o Crossfit ?
LA: Vá sem medo! Experimente, não tenha receio de testar. Pesquise bem sobre a box que você deseja fazer, veja se lá os profissionais são capacitados e com formação. Como foi um esporte que cresceu muito rápido no Brasil, fralde é o que não falta por aqui. Treine no seu limite, sempre buscando mais que eu tenho certeza que você também vai se apaixonar. BJE
victoria.pissolato@usp.br