Crônicas

PENDURAMOS ÀS CHUTEIRAS?, por Natália Rocha

Estamos a menos de um mês para a Copa do Mundo. Sim a Copa, o torneio que o mundo para e por um mês a cada quatro anos e todos ficamacompanhando vários jogos, isto é se a sua seleção preferida não for eliminada.

Leigos, experts, brancos, negros, ricos, pobres. Durante um mês as barreiras são esquecidas e todos se unem para apreciar o futebol. Seja do seu próprio país ou do vizinho, todo mundo fica de olho nas grandes jogadas, nos gols, nos jogadores mais populares. Isso tudo passa pela cabeça quando se fala em Copa do Mundo.

Pensando no Brasil e na seleção, parece que depois do 7×1 o sentimento brochou, a alegria se foi e não encontrou o caminho de volta. Tite chegou, deu estilo de jogo ao time, levantou a moral, mas parece que isso ainda não foi o suficiente para fazer a galera pintar as ruas, colocar bandeirinhas, se unirem para falar da Copa.

A palavra Copa está no cotidiano dos brasileiros nos últimos meses só por causa do álbum de figurinhas. Sim o álbum que boa parte coleciona, investe tempo, dinheiro, se desloca pela cidade para a troca de figurinhas. E os que não colecionam são sempre questionados porque não estão no clima. E os aficionados dão o argumento de que o álbum unem gerações, o que não deixa de ser uma verdade.

Aconteceu à convocação e boas partes das pessoas não sabem nem o nome do lateral direito, do zagueiro, mas sabem que Neymar e Gabriel Jesus estarão lá para tentar a difícil missão: conquistar o Hexacampeonato, de libertar o grito preso na garganta de milhões de brasileiros. O povo está desacreditado e não apostando na seleção, mas se o Brasil ganhar, todos irão esquecer a falta de apoio e a ferida do 7×1 e soltaram o grito que já tem mais de 10 anos que está adormecido, esperando o momento certo para ser ostentado.

Natália Rocha para o Especial “Crônicas Esportivas, Copa do Mundo e Seleção Brasileira de Futebol”