ISSN 2359-5191

06/05/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 30 - Saúde - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP
Parto domiciliar é nova tendência

São Paulo (AUN - USP) - O parto em domicílio é uma coisa do futuro. Essa foi a afirmação da professora Dulce Maria Rosa Gualda, em mesa-redonda ocorrida recentemente na Escola de Enfermagem (EE) da USP. Para ela, a tendência é que a prática cresça nos próximos anos. No evento “Assistência à mulher no processo de nascimento e parto: o olhar de cada um”, coordenado por professoras de pós-graduação da EE, foram abordados temas como obstetrícia, parto natural, cesárea e amamentação.

Jorge Kuhn, médico e professor da Unifesp, também participante da mesa, concorda com a professora Dulce. Para ele, dar à luz em domicílio é tão seguro como dar à luz no hospital. “Ele [o parto domiciliar] é tão seguro quanto o hospitalar na mulher de baixo risco”, completa. Outras vantagens nesse tipo de parto, segundo Kuhn, são “menor incidência de intervenções e de cesáreas e maior satisfação das mulheres”. O professor chama atenção para o fato de que nem sempre a presença do médico é necessária. Para ele, de 5% a 10% dos partos necessitam de “atitude médica”.

Além disso, Kuhn revela que “30% das pessoas não se sentem realmente confortáveis em ter parto em casa”, ao que concorda Carlos Eduardo Corrêa, médico neonatologista, outro integrante da mesa-redonda. “Todos os animais escolhem onde vão ter seus filhotes, e tem umas mulheres que são incompatíveis com o ambiente hospitalar”, disse. “Mulheres que não se adaptam ao ambiente hospitalar podem correr risco nesse parto por não poder relaxar”.

Restritiva

O professor Jorge Kuhn chama atenção para o fato de o parto em domicílio ainda ser bastante restrito. Segundo ele, o perfil da mulher que procura o parto domiciliar é a de classe média e com nível universitário, predominantemente pós-graduadas.

A professora Dulce concorda com o caráter restritivo do parto em domicílio. Para ela, isso acontece principalmente porque existe uma cultura de não se fazer o parto natural. Apesar disso, a professora é esperançosa. “Acho que [o parto domiciliar] vai ‘bombar’ [crescer] (...) daqui a uns cinco anos”, brinca.

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