São Paulo (AUN - USP) - O assunto de maior destaque na exposição são as mudanças climáticas globais, pois seus efeitos são sentidos com mais intensidade na região do Ártico. Ali é possivel medir as mudanças na fauna, na flora, no gelo e no nível do mar com o passar das décadas, por ser uma das regiões mais preservadas do mundo, segundo a Noruega.
Entre os dias 15 de abril e 4 de maio, a exposição Noruega Polar ocupou o pátio central do IGc - Instituto de Geociências. A exposição é apresentada pela Embaixada Real da Noruega e tem como tema a região do Ártico.
Entre os assuntos tratados pela exposição, estão as viagens de trenó puxado por cães, um esporte tradicional que proporciona muito contato com a natureza, e que no passado conduziu os noruegueses pioneiros a regiões inexploradas. Também é tratado o fenônemo das auroras polares, que são eventos luminosos no campo magnético terrestre provocados pelo vento solar.
Mario e Lucas, alunos de Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental, conviveram com a instalação diariamente e concordam que é um instrumento de educação muito eficiente. "A exposição já foi o ponto de partida de várias conversas por aqui. De modo geral, acho que o interesse pela Noruega aumentou", diz Lucas.
Segundo André Ribeiro, aluno da pós-graduação no Instituto Oceanográfico, a questão do aquecimento global foi abordada de modo superficial e parcial. "A exposição não está de acordo com o que estudamos hoje em dia. Ela aponta para uma situação muito menos alarmante", diz.
A natureza da região é o elemento mais apresentado pela exposição, enquanto que a cultura é pouco comentada. "Não tem uma só menção aos Vikings", observa Mario.