ISSN 2359-5191

19/12/2012 - Ano: 45 - Edição Nº: 136 - Ciência e Tecnologia - Universidade de São Paulo
Uso de supercomputadores é tema de evento da Superintendência de Tecnologia da Informação

São Paulo (AUN - USP) - A Superintendência de Tecnlogia da Informação (STI) da Cidade Universitária recebeu, no dia 6 de outubro, um encontro organizado pela Agência USP de Inovação, batizado de The vision of HPC in Brazil and a perspective on HPC in the US: a short-term and long-term view of the Rice/USP HPC collaboration. O evento teve como objetivo, ao longo de suas palestras e debates, explicar o que é um HPC (high-perfomance computing, ou supercomputador) e como funciona o acordo estabelecido entre a USP e a Rice University, dos Estados Unidos.

Ao contrário dos desktops ou laptops comuns, os HPCs são poderosos aglomerados de computadores (clusters) com milhares de microprocessadores. Os equipamentos chegam a custar milhões de reais e são capazes de realizar trilhões de operações matemáticas a cada segundo. Seu uso se dá principalmente para cálculos, em campos que vão da astrofísica até a bioquímica. São os supercomputadores os responsáveis por simular matematicamente cenários que não podem ser reproduzidos em laboratório, como estudos do clima da Terra ou situações de colisão entre galáxias.

A aliança firmada com a Rice no primeiro semestre deste ano permite que a USP faça uso do supercomputador Blue Gene, localizado no campus da Rice, em Houston, Texas. O aparelho, capaz de realizar 84 trilhões de cálculos por segundo, tem capacidade muito maior do que a necessitada pela USP, daí o interesse em dividi-lo com outro instituição. Para José Onuchic, pesquisador brasileiro que trabalha na Rice, “só se deve investir em clusters maiores quando são usados por muitas pessoas ou instituições”. Onuchic destacou também o desperdício financeiro de se adquirir um equipamento de alta performance para realizar cálculos que poderiam ser feitos em máquinas médias, coisa que, aliás, parece ter virado costume. “O maior erro possível é não saber o que se precisa”, concluiu o profissional.

Também falou no evento Franco Bladilo, que trabalha com o DAVinCI (Data Analysis and Visualization Cyberinfrastructure) na instituição texana. Bladilo contou que a Rice possui ainda outros supercomputadores, como o Sugar, com 1064 núcleos processadores. A instituição construiu, inclusive, um prédio especial para abrigar seus HPCs, já que eles estavam causando curtos na rede elétrica do prédio antigo. A capacidade dos computadores da Rice é tão grande que ela tem alugado “condomínios” em alguns de seus aparelhos, permitindo que terceiros realizem seus cálculos. Com este serviço, a Rice já possui mais de 500 clientes, que fazem uso dos equipamentos por períodos que podem variar de alguns minutos até vários meses.

Vale lembrar, contudo, que desde março a USP já possui um supercomputador. Instalado no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosférias (IAG), o ICE, como é chamado, custou mais de um milhão de reais e foi adquirido com a ajuda da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Com 2.304 processadores, o aparelho é capaz de realizar 20 trilhões de cálculos por segundo.

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