ISSN 2359-5191

18/11/2013 - Ano: 46 - Edição Nº: 100 - Sociedade - Escola de Educação Física e Esporte
Pesquisa da EEFE desenvolve compreensão da dinâmica do futsal em deficientes intelectuais

Uma pesquisa, desenvolvida na Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, em parceria com o Centro de Práticas Esportivas (Cepeusp) da mesma Universidade, propõe uma intervenção esportiva, a partir da modalidade futsal, com deficientes intelectuais para desenvolvimento do lazer, cognição sociabilidade.

A tese de mestrado de Érica Roberta Joaquim, intitulada Ensino de futsal para pessoas com deficiência intelectual, teve como objetivo delinear um programa de educação para a modalidade voltado a esse público, centrado em uma metodologia de abordagem de uma perspectiva tática de ensino e aprendizagem. Além disso, durante o projeto, foi possível verificar os efeitos da proposta no desempenho das ações de jogo dessas pessoas.

No Cepeusp já existiam aulas de futebol para esse público que aconteciam no campo. O programa foi transformado em futsal, devido ao número de pessoas que compareciam às aulas, e passou a ser vinculado à dissertação de mestrado de Érica.

Com a adoção do futsal, a experiência de jogo pode ser executada fielmente ao formal, o que tornou possível a análise metodológica para uma pesquisa acadêmica. A pesquisadora afirma que o ideal lúdico da partida é importante para a motivação dos alunos, o que influenciou a exclusão das práticas repetitivas de fundamentos das aulas.

A dinâmica do jogo, que envolve posicionamento, situações de pressão, ação e reação, pressupõe grande compreensão do jogador  para que jogue melhor, habilidade diminuída em deficientes intelectuais. A intervenção foi capaz de desenvolver essa lacuna, já que não primou pelos aspectos técnicos e manteve seu enfoque no desenvolvimento da tomada de decisão em distintos momentos no contexto da partida.

A resposta do time

A avaliação foi feita através de filmagens antes e depois da intervenção. Ao todo, participaram 11 alunos adultos, entre os quais 8 apresentaram melhora significativa nas ações de jogo. 2 que não progrediram, não caíram de rendimento, e eram os que haviam obtido o mais alto desempenho na primeira avaliação.

Para diagnosticar o funcionamento do programa, foram determinadas algumas atitudes que possuem o aspecto tático mais aflorado. Por exemplo, se o jogador oferece linha de passe — recua para auxiliar seu colegas. Se pede a bola quando está desmarcado, como passa a bola, entre outras ações que envolvam compreensão dinâmica do jogo.   

Segundo Érica, “o programa é uma possibilidade para o deficiente intelectual gostar da atividade, o que é bom não só para evitar problemas de saúde secundários, mas também como uma prática de lazer agradável com atribuição de responsabilidades, o que poucos possuem casa”.

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