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Cultura
por Maria Clara Matos
Fotos: divulgação

 



A capa do disco de 1969 da banda holandesa The Fool faz parte da exposição “Vida Louca, Vida Intensa”, assim como o psicodélico pôster de Bill Graham para a divulgação da banda Grateful Dead

 

 

Foto crédito: divulgação
Espaço Café Beatnik recebe visitantes para as mostras cinematográficas


Funcionando como uma máquina do tempo, o cinema também não poderia ficar de lado para mostrar um pouco dos ideais da década de 60. Luiz Alberto de Lima Boscato, autor do livro Vivendo a Sociedade Alternativa, comenta que “as raízes da Contracultura encontram-se nos anos 1950 com a literatura da geração beat, com a explosão inicial do rock’n roll e com filmes que denunciavam o desconforto em que viviam os jovens oprimidos pela rigidez da sociedade, como Juventude Transviada, que teve em James Dean um dos primeiros ídolos juvenis”.

O especialista ainda reitera que “o cinema foi importante para a expansão do rock e foi por meio dele que a nova tendência musical chegou ao Brasil, com filmes como Rock Around The Clock, que tinha a famosa música de Bill Halley e Seus Cometas. Foi o período da rebeldia sem causa. Quando os rebeldes encontram as suas causas, nasce a Contracultura”.

Entre as pérolas a serem exibidas nas telonas durante o evento estão Blow Up: Depois Daquele Beijo (1966), do consagrado diretor Michelangelo Antonioni. O longa traz às telas a história do fotógrafo profissional Thomas que ao revelar fotos tiradas de um casal secretamente mostram um assassinato. Mostram mesmo? Blow Up é um influente estudo sobre a paranóia e a desorientação dos movimentados anos 60. Também não ficam de fora filmes de Dennis Hopper, como Easy Rider (1969) e de John Donne, como Alice in Acidland (1968).

Pensando na Contracultura hoje, Beu comenta: “Não vejo na verdade nenhum frescor de algo ou alguém que poderia ser um reflexo da contracultura nos dias atuais. Com a entrada da era digital, o que poderia ter dado um salto no desenvolvimento humano acabou alienando quase que total a juventude. Hoje em dia se copia muito, e se reflete pouco”. Mas afirma: “Acho que a internet é um meio, e quando soubermos usá-la, alguém ou alguma coisa surgirá para revolucionar”.

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