Este artigo realiza uma aproximação crítica entre os universos ficcionais do escritor Guimarães Rosa e do cineasta Glauber Rocha, objetivando demonstrar como a invenção de linguagem em ambos contrapõe-se à tradicional verborragia dos discursos políticos brasileiros.
Este ensaio visa abordar o "romance" Riverdo Sussuarana, de Glauber
Rocha, em que o autor e Guimaraes Rosa se tomam personagens. A neobarroca
linguagem de excessos que constitui a narrativa apresenta uma escrita de
exceção, ate mesmo uma neografia, ou heterografia, de carater alegorico, como
desafio aortografia e como afirmação autogcifica de uma autoria fantasmag6rica.
A partir de uma discussão sobre a morte, o artigo analisa algumas imagens inspiradas na literatura de Guimarães Rosa que estão presentes em outras linguagens artísticas. São apresentadas as leituras dos textos rosianos realizadas pela fotógrafa Maureen Bisilliat e pelos cineastas Marcello Tassara, Roberto Santos e Glauber Rocha.
O artigo pretende estabelecer relações entre as obras de Glauber Rocha e João Guimarães Rosa a partir da reflexão sobre o posicionamento do cineasta em relação à estética do autor mineiro, explicitado sobretudo em Riverão Sussuarana, único romance de Glauber Rocha, no qual Guimarães Rosa é uma personagem. Dessa maneira intenciona-se discutir certos conflitos compartilhados pela literatura e cinema nacionais, como a representação do sertão através de técnicas narrativas avançadas.
Este texto busca verificar as formas de construção da nação em Grande Sertão: veredas, de Guimarães Rosa, e Deus e o Diabo na terra do sol, de Glauber Rocha. Utilizando autores como Homi Bhabha, Stuart Hall, Walter Mignolo, Veena Das, o texto indaga de que forma esses autores construíram o sertão.