Este ensaio discute as representações da infância em contos de Clarice Lispector e Guimarães Rosa, a partir das relações familiares, do medo e da descoberta da sexualidade.
O principal objetivo deste ensaio é discutir duas narrativas cujas protagonistas são mulheres viúvas que confessam suas histórias de amor, seus dramas e suas tramas. Em ambas as narrativas, Machado de Assis e Guimarães Rosa dão a voz a narradoras protagonistas, recurso praticamente desconhecido e discutido pela crítica literária.
Este estudo lê o romance Grande sertão: veredas e as influências da arte pictórica na composição de sua narrativa. A partir dos registros do autor encontrados no material arquivado no Instituto de Estudos Brasileiros, e da apreciação de Guimarães Rosa pela pintura, apresentamos relações entre a narrativa de primeira pessoa e as variações de cor no romance. Esses jogos de luz e sombras nos ajudaram a ler a intricada dubiedade que rege a vida, a violência e a sexualidade de Riobaldo.