O sertão de Riobaldo tem muitas faces. A que escolhemos para análise é a da flora. Contrastando o emprego de termos da flora, no romance, com a definição de dicionários e de livros especializados em botânica, temos como meta examinar a sua transfiguração no discurso de Riobaldo. A hipótese é de que, no uso de termos da flora, há: 1) traços de igualdade que, retomando as definições sedimentadas na cultura, fundam no discurso o efeito de veridicção; 2) traços novos, filtros do olhar do sujeito enunciador, que emprestam à flora um efeito poético.
Analisam os a narrativa fílmica de Pedro Bial Outras estórias que retoma cinco contos de Primeiras estórias, de Guimarães Rosa. O enfoque da análise são os motivos casamento e velório, que figurativizam os valores universais vida/morte, e o espaço do sertão. A partir desse recorte, propomos uma leitura que pretende demonstrar como o texto de Bial constrói a Cinderela do sertão mineiro.