Este trabalho tem como objetivo a nalisar em Magma, único livro de poemas de Guimarães Rosa, o lirismo telúrico rosiano, enquanto sentimento de integração e louvor à terra, a partir da leitura de poemas como "Águas da Serra", "Ritmos selvagens", "Boiada", "No Araguaia", "Toada da chuva", "Gruta do Maquiné", "Primavera na serra" e outros, que captam e revelam motivos, cores, sons e sensações de um concerto poético da natureza em seu simples e profundo existir.
Leitura de Magma, de Guimarães Rosa, com o objetivo de indicar a presença de temas, fragmentos, personagens, expressões e recursos estilísticos ali existentes, em outros textos do autor, cronologicamente posteriores.
O atual ensaio busca apontar algumas relações entre a primeira obra de Guimarães Rosa, o livro de poemas Magma, e as fontes da poesia popular, particularmente os "cantos da natureza". Junto com isso o ensaio busca lançar algumas hipóteses sobre o modo como Guimarães Rosa introduziu a natureza em sua obra através dos primeiros exemplos em Magma.
O presente trabalho pretende estabelecer um estudo que relaciona a Crítica Genética e a Estética da Recepção num primeiro momento, projetando o seu resultado sobre a escrita de Magma, livro de poemas de João Guimarães Rosa, numa perspectiva intertextual com William Shakespeare, configurando uma contribuição aos estudos que referendam esta obra de Rosa como um preâmbulo da poética maior do escritor brasileiro.