O Polo Aquático Olímpico é do Pinheiros
Clube Paulista cedeu nove atletas à Confederação Brasileira de Deportos Aquáticos
Por Daniel Tubone e Marcelo Grava
No último dia 22, alunos da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) realizaram uma visita ao Clube Pinheiros, localizado na zona oeste de São Paulo. Acompanhados do Professor Luciano Maluly e da assessora de imprensa do Clube Pinheiros Erica dos Santos Brito, os alunos da turma de Jornalismo Esportivo da Universidade tiveram a oportunidade de ver de perto aulas de ginástica, natação, vôlei, esgrima, futebol, entre outros e conversar um pouco com os profissionais de cada área.
O clube de São Paulo é um dos destaques brasileiros na história das Olimpíadas, sendo o clube formador de 10 ganhadores de medalhas Olímpicas. Em 2016, 65 atletas do Pinheiros estiveram no Rio e o Polo Aquático foi um dos principais esportes que elevaram este número.
Polo Aquático no Clube Pinheiros
Neste ano, os Jogos foram disputados no Rio de Janeiro, e foi na sua própria casa que a seleção brasileira de pólo aquático – tanto o time masculino quanto o feminino – apresentou seus melhores resultados no esporte. Os homens ficaram em oitavo lugar na Olimpíada após, na primeira fase, derrotarem a Sérvia, que seria campeã. Enquanto a seleção feminina fez sua estreia em Jogos Olímpicos após se classificar por ser o país sede. Estes resultados passam muito pelas piscinas e trabalhos dos profissionais do Clube. O Pinheiros cedeu nove atletas para as equipes olímpicas de polo aquático.
Na seleção masculina, Felipe Santos da Costa e Silva, Vinícius Biagi Antonelli e Ives Gonzalez Alonso são atletas do clube, e da seleção feminina convocada Diana Monteiro Abla, Marina Aranha Zablith, Lucianne Barroncas Maia, Mélani Palaro Dias, Viviane Kretzmann Bahia e Izabella Maiza Chiappini, eleita uma das três melhores jogadores de polo aquático do mundo, são vinculadas ao clube.
O sucesso na categoria não é por acaso: o Clube vive levantando troféus através do Polo Aquático. O último aconteceu na semana passada, pela terceira etapa do Brasil Open. Na decisão do masculino, o Pinheiros sagrou-se campeão com uma vitória por 7 a 6 em cima do Sesi, que jogava em casa.
Mesmo com este sucesso e com o possível aumento da procura pelo esporte após as Olimpíadas, a vida dos atletas ainda não é das melhores. Depois de atuar pelo Brasil em Agosto, a amazonense Lucianne Barroncas declarou há poucas semanas que pode se aposentar se não encontrar um empresário ou projeto de apoio. “Estou com uma lesão séria no joelho esquerdo e farei uma cirurgia. Durante minha vida de atleta, tive algumas lesões difíceis e muito duras. Talvez, por isso, eu tenha que me aposentar do esporte de forma precoce. Mas vou esperar até a minha recuperação total para decidir o que vou fazer”.
Outra discussão frequente no ambiente do Polo Aquático no Brasil é a presença de estrangeiros defendendo a seleção. Nessa Olimpíada, quase metade do time era formado por atletas que nasceram fora do país. Entre eles estava o goleiro Slobodan Soro, atleta sérvio que foi naturalizado em 2015 e que tirou o goleiro do Pinheiros, Vinícius Antonelli, de algumas convocações.