ISSN 2359-5191

09/10/2009 - Ano: 42 - Edição Nº: 70 - Saúde - Faculdade de Saúde Pública
Trabalho informal prejudica saúde, diz especialista

São Paulo (AUN - USP) - Vilma Santana, professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), mostra a ligação entre a informalidade, isto é, a precarização das relações de trabalho e a questão da saúde do ser humano. Para Vilma, o expressivo crescimento do processo de urbanização no mundo é resultado do aumento de trabalhadores informais, à margem do controle do Estado. “Em 1900, 15% da população mundial vivia nas cidades, em 2000, esse número passou para 50%, aumentando também o número de pessoas que ganham menos de um dólar por dia”, diz.

A discussão levantada por Vilma Santana integrou o Seminário Internacional “Risco, Saúde e Meio Ambiente”, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. Na ocasião, professores e pesquisadores de diversos lugares do Brasil e do mundo puderam debater sobre temas importantes, como a relação homem-meio ambiente, trabalhos informais, urbanização e depredação de patrimônios históricos por ações naturais.

A professora da UFBA acrescenta ainda que na América Latina mais de 80% dos postos de trabalho na última década são informais, ou seja, não regulamentados pelo Estado, fora do sistema de tributação e baseados na relação de confiança (sem contrato). “O trabalho informal envolve geralmente pequenas e microempresas, com atividades ilegais e atividade empregatícia para subsistência ou sobrevivência”, explica Vilma Santana. A professora deixa claro também que no Brasil, assim como em muitas outras partes do mundo, a economia informal incapacita a saúde de trabalhadores. “E, em nosso país, mais especificamente, a economia informal está bastante presente nas feiras livres, onde a higienização é bastante precária”, afirma.

Cuidados históricos
Além de abordar questões sociais, o Seminário Internacional também tratou de assuntos históricos. Patrimônios culturais estão sendo cada vez mais depredados por ações do meio ambiente. A especialista do Centro de Pesquisa de Bolonha, Cristina Sabbioni aponta que as principais razões para tal desgaste são a água, o vento, o tempo e a poluição.

Segundo Cristina Sabbioni, apesar de existir mapeamentos para identificar as áreas de patrimônios culturais mais sujeitas ao risco de degradação, seu controle ainda é difícil pelo fato de ações da natureza serem cada vez maiores. “Há mapas de clima e de danos climáticos, porém a poluição do ar, sobretudo, desgasta monumentos importantes. A Torre Branca, de Londres, por exemplo, está preta”, completa Sabbioni. Para a pesquisadora italiana, devemos tomar medidas a fim de controlar a poluição do ar e utilizar materiais de construção mais modernos para que patrimônios culturais não degradem com ações do tempo e clima, principalmente.

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