ISSN 2359-5191

24/05/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 18 - Saúde - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
Banco de sangue da Veterinária da USP precisa de doações

São Paulo (AUN - USP) - O banco de sangue do Hospital Veterinário (HOVET) não recebe a quantidade necessária de doações. Há uma demanda de dez bolsas de sangue por semana, mas o banco recebe apenas sete ou oito doações. No momento, há também falta de bolsas para fazer a coleta. Quando isso acontece, é preciso recorrer aos bancos de sangue particulares de São Paulo.

A partir de dois projetos de pesquisa coordenados pela professora Denise Fantoni, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/USP), surgiu o banco de sangue. Este existe desde 2003 e não é a primeira vez que enfrenta a falta de doações. Uma forma de aproveitar ao máximo o sangue doado é fracioná-lo nos chamados hemocomponentes. Segundo Ludmila Rodrigues Moroz, doutoranda e veterinária responsável pelo banco de sangue do HOVET, a maioria dos cães que precisa de transfusões é de pequeno porte, então é possível aproveitar bem as doações.

Cada doação pode ser fracionada em até quatro partes. São elas, o concentrado de hemácias, o plasma fresco congelado, o concentrado de plaquetas e o crioprecipitado. Para um cão ser doador, ele deve ser de grande porte, ter mais de 27 kg, ter entre um e oito anos, estar saudável e com a vacinação e a vermifugação atualizadas. Além disso, é preciso que o animal seja dócil ou controlável, já que o procedimento é feito sem anestesia. No HOVET, as coletas de sangue de um cão são feitas a cada dois ou três meses.

Os cães não são os únicos que podem doar sangue. Qualquer animal pode ser um doador. No banco de sangue do HOVET, as doações de gatos, eqüinos e bovinos ainda estão em vias de implantação. Os gatos possuem três tipos diferentes de sangue. Já os cães não possuem tipos sangüíneos como os humanos, mas sim 13 subtipos conhecidos. Os subtipos 1 e 7 são os mais preocupantes, já que podem gerar reação transfusional.

Para receber a transfusão sangüínea, é introduzido um cateter na veia do animal. No caso da transfusão de concentrado de hemácias, há um equipo com filtro no cateter, que possibilita a retenção de partículas que podem causar enfermidades, como a trombose. Geralmente, os animais precisam receber a transfusão quando estão com anemia, aplasia de medula óssea, insuficiência renal crônica ou hemorragia no transoperatório.

A maioria dos proprietários que freqüentam o HOVET tem cães doadores. O principal receio dos proprietários é que o cão desmaie ou fique atordoado após a doação, condições comuns entre humanos. No entanto, os cães ficam bem dispostos depois de uma doação. Já com os gatos, exceto as raças de gatos gigantes, há alguns riscos, o que restringe o número de doadores. Como há muitas doenças que são transmitidas pelo sangue, são feitos exames gratuitos em todo o animal que vai fazer uma doação no HOVET. São realizados um hemograma e uma triagem de doenças como leishmaniose, no caso dos cães, e doença de Lyme.

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