ISSN 2359-5191

01/06/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 21 - Ciência e Tecnologia - Instituto Butantan
Pesquisadores do Butantan aguardam defesa civil para procurar o que restou

São Paulo (AUN - USP) - Após o incêndio que destruiu o Prédio das Coleções no último sábado, os pesquisadores do Instituto Butantan ainda esperam conseguir resgatar documentos e exemplares que tenham resistido à tragédia. Só após esse trabalho será possível contabilizar a perda real causada pela tragédia do final de semana. O teto do prédio está condenado e ameaça desabar, por isso não está autorizada a entrada dos profissionais no local.

Segunda-feira, dia 17, devido a um novo foco de incêndio os bombeiros foram chamados e com a equipe no local foi possível resgatar algumas espécimes, mas novas buscas dependem de liberação da defesa civil, que interditou o prédio por razões de segurança.

A assessoria do Instituto declarou que não se manifestará sobre as razões do incidente até que a perícia seja concluída. O Instituto de Criminalística vai elaborar o laudo técnico, o que pode levar um mês.

As causas do incêndio ainda são incertas e apesar de o corpo de bombeiros ter informado preliminarmente que “não havia no prédio qualquer problema relacionado às instalações que possa ter originado o incêndio”, de acordo com a assessoria de comunicação do instituto. Levantou-se também o problema da falta de segurança das instalações em que era guardado esse patrimônio de grande valor. O Prédio não possuía sensores para identificar fogo nem para apagar incêndio, controlado pelos bombeiros, que chegaram ao local em 10 minutos.

O patrimônio
O acervo, de grande importância para a comunidade científica mundial, sendo o maior do gênero no Brasil e um dos mais respeitados do mundo, guardava espécies de répteis, artrópodos e quelônios. A coleção iniciada a mais de um século continha por volta de 500 mil espécies entre cobras, aranhas, escorpiões e outros animais.

Uma parte importante, os livros de tombo, que registram os detalhes das espécies do acervo, felizmente, está preservada. O patrimônio perdido, entretanto, é insubstituível, pois guardava “holótipos” de diversas espécies, ou seja, os primeiros animais da espécie a serem catalogados e que servem de referência para futuras comparações.

Todo o Instituto ficou fechado no sábado e no domingo, mas já reabriu normalmente nessa segunda-feira, com exceção dos museus, que só abriram para visitação a partir da terça-feira, como de costume, já recebendo excursões escolares.

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