ISSN 2359-5191

09/12/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 116 - Sociedade - Faculdade de Direito
Anaí Caproni é anunciada publicamente como candidata à prefeitura de São Paulo

São Paulo (AUN - USP) - Anaí Rita Caproni foi anunciada publicamente como futura candidata à prefeitura de São Paulo pelo PCO (Partido da Causa Operária). A notícia foi dada com certo receio, devido ao ineditismo do pronunciamento, pelo presidente da Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Direito da USP (FADUSP), José Carlos Madia de Souza, em cerimônia realizada 29 de novembro. A intenção do evento era homenagear ex-alunos da FADUSP que se destacaram como candidatos nas eleições de 2010. Anaí Rita Caproni falou que ainda é cedo para falar em candidata definitiva do partido. “É uma coisa muito cedo para se falar. Diz respeito mais ao partido do que a uma escolha minha. O partido vai discutir”, disse.

A cerimônia teve como participantes alguns dos principais candidatos de 2010. Foram 17 os homenageados da noite, entre eles Fábio Feldmann (PV), que estudou na Faculdade de 75 a 79, e ressaltou a importância da Faculdade para o início da defesa de bandeiras relacionadas ao meio ambiente. Plínio Arruda Sampaio (PSOL) destacou a necessidade de se salvaguardar a imagem dos políticos e concluiu dizendo que um bom político é o ex-político, “que escolheu sacrificar o seu mandato por uma ideia, por um valor”.

Anaí recebeu a honraria sendo uma das duas únicas mulheres indicadas ao troféu de “franciscano ilustre na política atual”. A fala de agradecimento da possível a candidata foi a mais polêmica da noite. Carregado pela ideologia de seu partido, o discurso da ainda estudante de direito da FADUSP passou por pontos cruciais da conjuntura política atual. A fala deu uma prévia do que podemos esperar da “candidata Anaí Caproni”. Entre outros temas, ela destacou a necessidade da democracia universitária, mesmo em meio ao que chamou de “problemas que USP passa nos últimos períodos”. Anaí chamou atenção para os processos jurídico que alguns estudantes da Universidade estão respondendo. “ Isso é uma coisa que nunca vimos na São Francisco [Faculdade de Direito USP]”, completou.

Ao final de sua fala, Anaí manifestou sua indignação com relação ao que chamou de “tendência anti-democrática” que, segundo ela, no Brasil, tem sido observada de forma acrítica pelo legislativo. “Hoje em dia, um sindicato pode ter sua diretoria destituída por liminares. No governo Lula, isso se transformou em regra com a emenda 45 [criada em 2004]”. Ela também acusou de “exigência de governos estrangeiros” a colocação de tanques de guerra nas ruas do Rio de Janeiro para o combate ao tráfico nos últimos dias. “Permitir tanques nas ruas é um atentado à mínima da democracia. É uma exigência de governos estrangeiros que querem que o Estado se prepare para os jogos da Copa de 2014”, disse.

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