ISSN 2359-5191

21/06/2012 - Ano: 45 - Edição Nº: 48 - Saúde - Instituto de Ciências Biomédicas
Nova molécula pode ser utilizada no tratamento da insuficiência cardíaca

São Paulo (AUN - USP) - O pesquisador da Universidade de São Paulo (USP)Julio Batista Ferreira, em parceria com cientistas da Universidade de Stanford, Estados Unidos, desenvolveu uma molécula que reverte o processo degenerativo observado na insuficiência cardíaca, doença que diminui a capacidade do coração de bombear o sangue. A molécula foi capaz de diminuir a taxa de mortalidade nos testes realizados em animais. Atualmente 70% dos pacientes morrem após cinco anos do diagnóstico da doença.

O coração com insuficiência cardíaca não consegue produzir energia suficiente para bobear a quantidade de sangue adequada para o corpo. As células cardíacas não contraem como deveriam. Ferreira explica que a insuficiência cardíaca é um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. “É importante estudar isso porque a insuficiência cardíaca é um problema de saúde pública no Brasil, nos Estados Unidos, na Europa. É uma das doenças que mais mata no mundo todo.” No Brasil, cinco milhões de pessoas sofrem com a doença.

A molécula desenvolvida, um peptídeo, se liga à proteína PKC, inibindo sua ação. A proteína PCK, hiperativa em células cardíacas de pessoas com insuficiência, inibe o funcionamento do proteassomo, sistema de eliminação das proteínas inativas, impedindo-o de funcionar corretamente. O peptídeo desenvolvido consegue reverter esse processo e evitar que as proteínas inativas se acumulem na célula.

Os testes foram feitos em dois grupos de ratos. Em ambos os grupos houve diminuição da mortalidade nos animais que foram tratados com a molécula. Nos animais que adquiriram insuficiência cardíaca devido à um infarto do miocárdio induzido a taxa de mortalidade caiu de 35% nos ratos não tratados para 3% nos tratados. Nos animais que desenvolveram insuficiência cardíaca através de hipertensão induzida a queda da taxa de mortalidade foi de 100%.

A pesquisa foi parte do pós-doutorado de Julio Batista Ferreira (hoje professor no Instituto de Ciências Biomédicas), com orientação da professora da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP Patrícia Chakur Brum. Parte foi realizada no Laboratório de Fisiologia Celular e Molecular do Exercício da EEFE e parte na Universidade de Stanford.

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